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Rebel Ridge | Início promissor, mas se perde na falta de foco


Depois de tanto ver o povo falando nas redes sociais e uma galera sugerindo que o Aaron Pierre poderia ser o próximo Lanterna Verde/John Stewart, resolvi dar uma chance e assistir Rebel Ridge. Man, te digo logo, o filme começa com tudo. O primeiro ato te prende: mostra quem é o Terry Richmond (personagem do Pierre), por que ele tá ali, e você compra a ideia do cara. A história até passa a impressão de que vai ser sobre alguma crítica social, especialmente por causa de uma abordagem policial estranha logo no começo. Fiquei imaginando que ia tratar de racismo e tal, que é o intuito de muitos portais quando compartilham cenas do filme, mas essa expectativa se dissipa rapidinho.

A proposta inicial do filme, com Terry enfrentando autoridades corruptas numa cidade do sul dos EUA, realmente faz parecer que vai ser algo mais denso, mas depois abandona isso e começa a pegar um ritmo que lembra produções da série Jack Reacher, no melhor estilo tiro, porrada e bomba, já que é revelado que o cara é o bichão dos fuzileiros navais, com destaque até no Wikipédia. Só que, adivinha? Depois abandona essa proposta também. A trama passa a ser uma investigação sobre a corrupção da polícia local, ao lado de Cathy, interpretada por Emory Cohen. Mas essa linha também é deixada de lado, pois o filme termina de forma abrupta, sem vermos a resolução do caso. O filme tenta ser várias coisas ao mesmo tempo e acaba não sendo nada convincente em nenhum dos gêneros. Cada vez que parece pegar fôlego, ele perde o gás, indo de ação para investigação sem seguir nenhuma dessas linhas de forma sólida.

Sobre o Aaron Pierre, nunca tinha visto o cara atuar. Ele manda bem, mas parece travado, com poucas expressões. Não sei se isso foi escolha dele ou do diretor. O personagem deveria ser frio e calculista, mas ficou com uma cara de sem emoção a maior parte do tempo. Quanto às cenas de ação, fiquei esperando o filme todo por algo mais emocionante, mas nada demais rolou. As cenas de confronto corporal são poucas e nada convincentes. A história vai mudando de rumo o tempo todo, e parece que o filme quer abraçar o mundo com as pernas e acaba se perdendo sozinho.


Se for pra resumir a história, o enredo gira em torno de Terry, que vai a uma cidade pequena do sul para tentar salvar seu primo da cadeia, mas se vê envolvido em um jogo de corrupção e violência. Ele tenta manter a calma, mas acaba sendo forçado a enfrentar o sistema. Apesar da premissa inicial promissora, a trama se dilui em subtramas mal resolvidas, deixando a sensação de que o diretor quis fazer muita coisa e não conseguiu amarrar tudo.

Fique à vontade para assistir e curtir, mas não espere nada melhor do que é apresentado no primeiro ato.
Marcio Oliveira 2.5

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