**O Pinguim** chegou dicunforça!! O spin-off de **The Batman** coloca **Oswald Cobblepot** no centro do submundo de **Gotham**. Eu já tinha me impressionado com **Colin Farrell** no filme do morcego, mas aqui o cara tá dando um show. A caracterização vai muito além da maquiagem; os trejeitos, o andar manco, o jeito calculista e a ambição fria fazem do **Pinguim** um personagem intrigante demais.
A história começa logo após a queda de **Carmine Falcone** e o caos causado pelo **Charada** em **Gotham**, no filme **The Batman**. Com a cidade em frangalhos, o **Pinguim** vê sua chance de dominar o crime organizado. Desde o início, dá pra sentir o clima de guerra fria entre as facções do submundo. Traição, conspiração e jogadas de poder estão no nível máximo. Quem comparou a série com **A Família Soprano** tá certo: o clima mafioso, a tensão constante e os bastidores do crime fazem a trama vibrar.
No primeiro episódio de **O Pinguim**, a trama rola logo depois dos eventos catastróficos de **The Batman**, com a morte de **Carmine Falcone** e **Gotham** mergulhada no caos. Surge aí um vácuo de poder no submundo, e **Oswald Cobblepot** vê essa como a chance perfeita de subir na hierarquia do crime. O foco é na forma calculista com que ele começa a consolidar sua influência, aproveitando o desequilíbrio das facções criminosas da cidade. **Salvatore Maroni**, um dos maiores inimigos, já desponta como uma grande ameaça. Mesmo com Falcone fora de cena, as alianças e traições permanecem instáveis, e Oswald percebe que, pra se tornar o "novo rei" de Gotham, ele vai ter que dominar essas facções antes de bater de frente.
Com violência e carisma frio, o **Pinguim** começa a ganhar a confiança (ou pelo menos o medo) dos que ainda tão incertos de quem vai ocupar o trono. Ele planta discórdia entre os capangas de Falcone e Maroni, jogando um contra o outro enquanto prepara sua ascensão. O episódio mostra que, embora ele seja subestimado pela aparência e o jeito manco, Oswald é mestre na manipulação, moldando o futuro de Gotham do jeito que quer.
Visualmente, a série mantém o estilo sombrio e sujo de **Gotham**, com aquele clima chuvoso que deixa a cidade quase como um personagem por si só. O roteiro é ágil, direto, e prende a atenção. **Colin Farrell** rouba a cena, trazendo uma profundidade ao **Pinguim** que lembra outras versões do personagem, como na série **Gotham**, mas aqui o toque é mais sombrio e estratégico.
A série vai ter oito episódios. Com o primeiro lançado em 19 de setembro de 2024, os próximos episódios prometem seguir nessa pegada de violência gráfica, diálogos afiados e personagens complexos. Pra quem curtiu **The Batman**, **O Pinguim** entrega exatamente o que se espera: uma expansão densa e sombria do universo de **Gotham**, focada no lado criminoso e sem frescura.
Sem falar que a série tem o padrão de qualidade **HBO**, e isso aparece em cada detalhe. A estética sombria de **Gotham** é mantida com perfeição, mantendo aquele tom noir e sujo, com ruas molhadas pela chuva e iluminação fraca que dá um clima melancólico e claustrofóbico. A cidade se torna praticamente um personagem à parte, com um visual que reflete o caos e o crime que dominam o lugar.
A cinematografia é um dos pontos altos, com uma paleta de cores escuras que ressalta a atmosfera tensa e opressiva da série. As cenas são filmadas de forma a capturar tanto o lado grandioso quanto o mais íntimo do submundo de Gotham, misturando tomadas amplas da cidade com closes intensos que focam nas expressões e detalhes dos personagens, especialmente do **Pinguim**. A escolha de ângulos e movimentos de câmera intensifica a sensação de paranoia e desconfiança que permeia as interações entre as facções criminosas.
A maquiagem e o figurino são um show à parte. O trabalho de caracterização de **Colin Farrell** como o **Pinguim** continua impecável, assim como em **The Batman**. A maquiagem não só transforma Farrell fisicamente, mas também ajuda a construir o caráter do **Pinguim**, com o rosto marcado e o andar manco, que são símbolos de sua ascensão dolorosa no submundo. O figurino, com seus ternos elegantes e pesados, reflete tanto a ambição quanto o lado calculista de **Oswald Cobblepot**, sempre com uma pitada de extravagância mafiosa.
A trilha sonora é outro elemento técnico que eleva a produção. Composta por temas que misturam tensão e melancolia, ela acompanha cada cena de forma precisa, criando uma imersão maior no mundo sombrio de **Gotham**. O uso de instrumentos graves e notas prolongadas dá o tom sombrio e pesado que a série pede, enquanto momentos mais sutis trazem uma camada extra de suspense, intensificando o drama e a brutalidade das cenas.
Os efeitos especiais e práticos também merecem destaque. Embora a série foque mais no lado humano e estratégico do crime, as cenas de ação são bem executadas, com explosões, tiroteios e confrontos violentos. Tudo é feito com um nível de realismo que intensifica a brutalidade de **Gotham**, sem cair no exagero, mas mantendo a tensão nas alturas.
Com a direção precisa e um design de produção que complementa perfeitamente o clima sombrio, **O Pinguim** entrega uma produção de altíssimo nível, que consegue expandir o universo de **The Batman** de forma coerente e estilosa. Marcio Oliveira 4
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