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O Corvo, o remake que deveria ter ficado só na ideia.



Quando soube que *O Corvo* ia ganhar um remake, até fiquei animado. Mas, **macho**, a demora foi tanta que já tinha até esquecido desse projeto. Teve aquele papo de **Jason Momoa** ser o **Eric Draven**, mas não achei que ia combinar. E quando finalmente anunciaram que o **Bill Skarsgård** seria o protagonista, até criei uma expectativa, mas depois de ver a primeira imagem já imaginei: “Vai dar ruim”. E, infelizmente, deu.

Vamos ser justos: a fotografia até que tá **roxeda**. Conseguiram manter aquele visual gótico que o filme original tinha, com sombras pesadas e uma paleta de cores que dá um clima sombrio. Isso até **dei valor**. Mas, sinceramente, de nada adianta ter um visual massa se o resto do filme parece uma mistura sem sentido.


E aí vem o **Bill Skarsgård**... Rapaz, o cara é um baita ator, isso ninguém discute. Mas no papel de **Eric Draven**, ele simplesmente não encaixou. Enquanto o **Brandon Lee** era intenso e carismático, o **Skarsgård** parece estar apático, sem vida (literalmente e figurativamente). O **Eric** dele não tem o carisma necessário, ficou só um **John Wick** gótico, matando geral de forma estilosa, mas sem alma. O original trazia uma dor que a gente sentia junto com o personagem. Aqui, parece que o **Eric** tá apenas cumprindo tabela.

Agora, as cenas de ação... Isso aí foi um dos poucos — ou talvez únicos — pontos positivos do filme. São bem coreografadas e cheias de impacto, realmente **roxedas**. Mas tem outro problema: o corvo em si, que no filme original era quase uma extensão do **Eric Draven**, aqui mal aparece. A presença do corvo, que simbolizava tanto no filme de **1994**, foi reduzida a quase nada.

Sobre o **Danny Huston**, se você teve a impressão de já ter visto esse vilão em algum lugar, você não tá errado. Esse é o **terceiro vilão** que ele faz com a mesma cara e interpretação.


E é impossível falar de *O Corvo* sem lembrar da tragédia que marcou o filme original: a morte de **Brandon Lee**. Isso deu ao filme de **1994** uma camada extra de significado e emoção. Já no remake, a tragédia não aconteceu no set, mas sim na tela. A grande fatalidade aqui é que esse filme existe. Enquanto o original tinha alma, esse remake não chega nem perto de capturar a
essência que fez o filme de **Brandon Lee** se tornar um clássico.

Resumindo: o visual é até bonito, e as cenas de ação são boas, mas a falta de profundidade e a apatia dos personagens tornam o remake de *O Corvo* uma sombra pálida do original. Uma tentativa que, sinceramente, deveria ter ficado só na ideia. 
Marcio Oliveira 1.5

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