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Exterminador do Futuro Zero expande a abordagem da franquia


Para quem me conhece ou já leu meus textos, sabe que eu sou fã da viagem no tempo, e **Exterminador do Futuro** está entre minhas franquias favoritas justamente por isso, além da ação visceral que ela entrega. Gosto de imaginar o que poderia rolar com uma simples decisão ou de pensar na história de **Exterminador** antes do loop criado por Kyle Reese. Quando vi a notícia sobre **Exterminador Zero**, imaginei que seria sobre isso, uma abordagem ao que eu chamo de "linha temporal prime", onde nenhum viajante do tempo apareceu, e Sarah Connor teve um filho com um cara qualquer, o Dia do Julgamento aconteceu em 29 de agosto de 1997, John virou líder da resistência moldado pela guerra e mandou um soldado chamado Kyle Reese para o passado para proteger a mãe dele de um exterminador com a cara do Arnold Schwarzenegger. 


Mas **Exterminador Zero** tomou um caminho diferente, porém satisfatório. A série não visita diretamente essa "linha temporal prime", mas expande o universo ao trazer novas realidades e múltiplas linhas temporais que coexistem. Enquanto os filmes anteriores, especialmente *Terminator 2: Judgment Day* e *Terminator: Genisys*, tentavam alterar ou prevenir o futuro pelas ações no presente, **Exterminador Zero** mostra que essas mudanças criam novas realidades sem apagar a original. Então, mesmo que algo seja alterado em uma linha do tempo, a linha onde o Dia do Julgamento rolou ainda existe, junto com as novas ramificações criadas pelas ações dos personagens.


Essa abordagem expande o conceito de tempo na franquia, oferecendo uma narrativa mais flexível e complexa. A série equilibra bem essa expansão com os elementos clássicos, como os conflitos entre humanos e máquinas, e as batalhas épicas que definem a franquia. A ambientação no Japão, paralela aos eventos nos EUA, enriquece ainda mais o enredo, mostrando que a resistência contra as máquinas não é só local, mas um esforço global.

No tema, **Exterminador Zero** explora a natureza da humanidade em um mundo dominado pela tecnologia e pela IA. A relação entre Malcolm Lee e sua IA, Eiko, levanta questões sobre moralidade, identidade e consciência, tanto para humanos quanto para máquinas. A série também aborda sacrifício, destino e as implicações éticas de mexer com o tempo.


Sobre a animação, apesar de valorizar o estilo do anime, que é massa e cheio de detalhes, eu senti que uma animação em 3D poderia ter trazido um realismo maior à história, aumentando a conexão com o tom sombrio e sério da série. Um visual mais próximo dos efeitos especiais dos filmes poderia ter reforçado a brutalidade da guerra contra as máquinas, conectando melhor com o público que cresceu com os filmes live-action.

**Exterminador Zero** entrega uma narrativa que honra o legado da franquia enquanto explora novas direções, mantendo os fãs antigos envolvidos e atraindo uma nova audiência com suas ideias inovadoras sobre tempo e realidade. Gostei bastante da série e espero que venha mais por aí, porque é uma abordagem paralela interessante ao plot do Connor. 4 Marcio Oliveira

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