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UM LUGAR SILÊNCIOSO: DIA UM | Tenso, mas sem grandes surpresas


Chegamos ao terceiro filme de uma franquia que me pegou de surpresa desde o início. **Um Lugar Silencioso: Dia Um** faz uma visita ao passado e mostra como tudo começou, desde a chegada dos alienígenas até o caos que se seguiu. A trama é centrada na **Sam** (**Lupita Nyong'o**), uma ex-poeta com câncer terminal, que está em uma viagem de ônibus com outros pacientes de um hospício quando os aliens atacam.

**Sam** é acompanhada por seu gato de terapia, **Frodo**, que surpreende pela calma e coragem em meio à tensão. **Frodo**, com seu olhar atento e postura tranquila, se destaca como uma figura de conforto não só para **Sam**, mas também para o público. Sua presença é uma metáfora silenciosa para a sobrevivência em um mundo onde o som é mortal. Há cenas em que o gato parece perceber o perigo antes mesmo dos humanos, e sua capacidade de se mover silenciosamente torna-se uma lição de sobrevivência, e mesmo sendo uma espécie dotada de 99% de coragem e 1% de juízo, **Frodo** é prudente e eficiente em seu propósito.


**John Krasinski** continua envolvido com a franquia, dessa vez como produtor, enquanto **Michael Sarnoski** assume a direção, trazendo uma nova visão para a série. No elenco, temos **Joseph Quinn** como **Eric**, um estudante de direito que se junta a **Sam**, e **Djimon Hounsou**, que volta como **Henri**, em seu primeiro contato com as criaturas antes dos eventos do segundo filme.

**Lupita** manda bem, como de praxe, trazendo uma camada emocional que enriquece a história. O personagem de **Sam** é profundo, lidando com sua doença e a nova realidade aterrorizante. Assim como em **Rua Cloverfield, 10**, **Um Lugar Silencioso: Dia Um** investe na sensação de claustrofobia, onde tudo o que vemos tá alinhado com a vivência de **Sam**. Isso cria uma proximidade intensa com os sentimentos do personagem, fazendo a gente se sentir na pele dela e experimentar a tensão quase na mesma vibe.

Os aspectos técnicos continuam firmeza, especialmente no que diz respeito à forma como os personagens descobrem maneiras de se proteger. Eles aprendem a usar barulhos naturais para abafar gritos de dor e desespero, algo crucial para a sobrevivência. Esse detalhe é importante porque mostra como é necessário para nossa saúde mental extravasar a dor e botar para fora a angústia. É justamente durante uma tempestade que nossos sobreviventes encontram esse alívio, lidando com suas emoções e medos enquanto se protegem do perigo iminente.


Por outro lado, o filme dá uma vacilada no quesito "avanço de história". Não traz muitas novidades sobre as criaturas, mostrando apenas o que nos filmes anteriores foi relatado em jornais, se limitando a perspectiva do primeiro encontro da humanidade com esses seres.

No geral, **Um Lugar Silencioso: Dia Um** é uma boa adição, mas grandes surpresas. A gente espera que os próximos capítulos possam aprofundar mais a história e explorar novas facetas desse universo silencioso e aterrorizante. Senti que faltou algo, mas ainda assim, é um filme que vale a pena conferir.
2.5

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