Resenha do Filme "O Dublê"


Nesse fim de semana conferi o filme O Dublê, dirigido por David Leitch e estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt. Após um acidente traumático, o dublê Colt Seavers volta à ativa para trabalhar no primeiro filme dirigido pela mulher que ama. O filme aborda de forma dinâmica e divertida os bastidores do cinema pela ótica de um dublê, levantando até um questionamento importante na indústria cinematográfica: a valorização desse profissional em indicações ao Oscar, por exemplo.

A trama envolve um misto de ação, investigação, romance e comédia na medida certa. Ryan Gosling já vem apresentando esse tipo de trabalho ultimamente, e é algo que ele está fazendo muito bem. Sua interação e química com Emily Blunt são críveis e nos fazem comprar a ideia do casal diante das adversidades que a história apresenta. Emily Blunt, por sua vez, entrega uma performance que complementa perfeitamente a de Gosling, trazendo um equilíbrio entre força e sensibilidade ao seu papel.

O filme é bom, mas não chega a ser espetacular. Cumpre bem o papel na categoria de ação com cenas muito bem coreografadas e bem feitas, cheias de efeitos práticos bem elaborados. Afinal, o foco é justamente mostrar o que um dublê faz e é capaz de fazer. As sequências de ação são um verdadeiro deleite para os olhos, com uma combinação de acrobacias impressionantes e uma cinematografia que captura a intensidade e o perigo das manobras realizadas.

Além disso, O Dublê oferece uma reflexão interessante sobre o papel dos dublês no cinema. Embora muitas vezes invisíveis para o grande público, estes profissionais são essenciais para a magia do cinema, arriscando suas vidas para criar cenas memoráveis. O filme traz à tona a discussão sobre a necessidade de maior reconhecimento e valorização desses artistas, algo que é frequentemente esquecido nas premiações tradicionais.

O roteiro é ágil e mantém o público envolvido do início ao fim, com diálogos afiados e momentos de humor que quebram a tensão nas horas certas. A direção de David Leitch, conhecido por seu trabalho em filmes de ação como *John Wick* e *Deadpool 2*, é evidente em cada cena, garantindo que o ritmo nunca caia e que cada momento seja emocionante e relevante para a narrativa.

O Dublê é uma boa pedida para ir ao cinema atualmente, visto que temos poucas opções de algo realmente bom nas telonas. É um filme que entrega entretenimento de qualidade, com uma mensagem importante e performances sólidas. Não é uma obra-prima, mas certamente é uma adição valiosa ao gênero de ação e uma homenagem merecida aos heróis invisíveis do cinema.


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