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Um Lugar Silencioso | Vale ou não à pena assistir?


Lá vou eu me aventurar no mundo do terror novamente. Dessa vez o EspaçoZ nos convidou para assistir ao mais novo filme, produzido, dirigido e estrelado por John Krasinski, contando como coadjuvante sua alma gêmea na vida real, Emily Blunt. 

Então me diga Leila, por que você foi se meter novamente com esse gênero responsável por tornar todo um corredor das locadoras de filme em zona proibida? Pois eu fui tá certo! E digo mais, irei novamente até conseguir lidar com esse trauma causado por filmes de terror desde quando vi Chuck o brinquedo assassino, quando tinha apenas 6 anos de idade, pensando que era um filme para criança... bem na época que as lojas de brinquedos eram patrocinadas pela Tramontina (quando surgiram as fantasiosas histórias das facas dentro dos ursinhos e demais bonecos).

No entanto, não fui assistir somente para lidar com minha psicose. Quando li a sinopse,depois de abstrair o detalhe das entidades fantasmagóricas, vi o nome de Emily Blunt no elenco e como gosto do trabalho dela já me interessei. Sim, sou Maria vai com a Emilly! Depois vi o trailer e fiquei fascinada com o filme ser quase todo em silêncio, obrigando os personagens a se comunicarem através de linguagem de sinais. Fiquei bastante curiosa em como seria a execução de um filme de terror nessas condições.

Em Um Lugar Silencioso encontramos uma família vivendo em uma fazenda de milho. Localizada em uma cidade fantasma, onde não há mais comércio nem gente responsável por dar vida ao lugar. Com um cenário pós apocalíptico, o mundo foi invadido por poderosas criaturas sanguinárias responsáveis pela morte de quase toda a população do planeta. O único jeito de se livrar dessas criaturas é fazendo silêncio, pois elas “enxergam” através do som. Logo as pessoas criam sistemas para fazer tudo emitindo o mínimo possível de som. No caso deste filme, a história é centralizada na família Abbott, liderada pelo sempre preocupado Lee e cuidada pela amorosa Evelyn, pais da jovem surda e de personalidade forte Regan, do inexperiente Marcus e do pequeno e levado Beau. Com mais um pimpolho no forno pronto para sair, os Abbott se entretém, comem e fazem suas atividades domésticas sempre em silêncio, inclusive planejando a vinda quase inaudível do novo integrante. Até a quietude do lar ser perturbada. Por quem eu pergunto?! Pela campainha? Não! Pelo toque irritante do WhatsApp? Não! Pela pessoa que está sentada ao seu lado distraída comendo algo barulhento, que de repente pergunta: “O que foi que ele disse?” e você responde: NADA! O FILME É EM SILÊNCIO, PERCEBEU NÃO?!! Pelo menos eu imagino isso acontecendo nas salas de cinema.

As sequências são bem feitas e o garoto é mesmo que está vendo o menino do E.T. Só por isso já vale a pena assistir. 

Vemos o quanto a equipe se dedicou nesse projeto, onde todos tiveram de aprender a linda linguagem de sinais e exercitar o silêncio, pois os sons do ambiente foram gravados para serem utilizados posteriormente na edição. 

Entretanto, esperava mais explicações: sobre a atual situação das outras pessoas fora da família, de onde surgiram essas criaturas, e cadê a fonte da energia utilizada para iluminar as luzinhas responsáveis por dar vida ao jardim da família e ao mesmo tempo avisar dos perigos ao redor. Mas deixa pra lá, vamos nos ater à proposta do filme: a vida em família, não importando a situação, mesmo sendo caçados por abominações monstruosas e sem ter como fugir, o que importa é silenciar para viver. Leila Domicio 4.5

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