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ALIEN COVENANT | Vale ou não à pena assistir?


Esse filme Cumprius o que o outro Prometheus... Piada ruim do caramba, mas eu não resisti rsrsrs.

Já faz quase 40 anos que aquela criatura de aparência fálica saiu do peito de John Hurt no primeiro Alien (1979). É claro que há cenas de criaturas que se agarram aos rostos ou explodem o peito e até as costas dos corpos dos exploradores galácticos em Alien: Covenant, a sexta sequencia da série Alien.

Os efeitos especiais são ótimos e oferecem exatamente o que você esperaria de um filme da série - espetáculo, horror corporal e uma personagem forte como Ripley como protagonista feminina - mas há também uma certa sensação chata de que o filme não consegue impor sua própria identidade. O roteiro se mostra bastante forte e lança mão de muita filosofia sobre origens humanas. Enquanto isso, os membros da tripulação começam a enfrentar as criaturas monstruosas que tomaram os corpos de dois dos tripulantes, de um modo inusitado e até estranho; esporos minúsculos, malignos que entram nos seres humanos através de seus canais nasais e auditivos. Ainda bem que são só esses!

Depois de tantos filmes ambientados no espaço profundo ou em planetas distantes, e aquela sensação de “oh meu Deus!” como houve em 2001: Uma Odisseia (1968) ou Star Wars (1977) não existe mais. O ponto de partida aqui não é tão diferente do filme recente de Jennifer Lawrence e Chris Pratt, Passengers. Mais uma vez, os que estão a bordo da nave acordam mais cedo do que deveriam; estão a caminho de um planeta distante com mais de 2000 "colonizadores" a bordo. Uma "descarga de neutrinos" causou graves danos à nave e que forçou o androide Walter a acordar a tripulação mais cedo. A nave mal sobreviveu a esta calamidade que o capitão de reserva Christopher Oram (Billy Crudup) dá a ordem para que a tripulação visite um planeta estranho rastreando um possível sinal vindo de lá e checar se o tal planeta pode sustentar a vida humana.

O novo planeta é verde e fértil e parece até haver trigo em crescimento (como assim?). Os membros da tripulação fazem o reconhecimento da área em busca do tal sinal, afinal, eles são conquistadores ou pioneiros prontos para criar uma nova civilização. Alien: Covenant é um épico, afinal é de Ridley Scott, com cenas perturbadoras que vão desde um close em corpos nus no chuveiro em uma cena especialmente assustadora, com um alien deslizando em torno do casal e a partir daí um monte de sangue é derramado no decorrer do filme. 

Gradualmente, as conexões são feitas com Prometheus, a nave que desapareceu no filme Alien de 2012. Encontramos novamente o “sacana” David, o androide desse filme. Ele é quase a imagem “cuspida e escarrada” de Walter. (Ambos os droids são interpretados por Michael Fassbender.) David, no entanto, tornou-se ainda mais sinistro do que quando o encontramos na primeira vez. Ele é um amante da música com uma mente própria. Apesar de seu afeto pela Dra. Elizabeth Shaw (Noomi Rapace), ele tem sentimentos muito mistos sobre os seres humanos em geral e se preocupa que eles possam ser uma espécie em extinção. Voltando ao início, o filme começa com uma estranha conversa entre David e seu criador, Peter Weyland (Guy Pearce.) David é um modelo anterior a Walter e tem peculiaridades que Walter não tem, mas apesar de não possuir seus upgrades, seus instintos de sobrevivência são mais fortes.

A heroína desta vez é Daniels (Katherine Waterston), segunda no comando que acabou de perder o marido e capitão (James Franco) que faz só uma ponta muito rápida no inicio do filme. Ela é tão hábil no laboratório como também usando a artilharia pesada para tentar explodir os alienígenas no espaço.

Alien: Covenant é de certa forma muito elegante e combina ideias filosóficas com muita ação. Ridley Scott dirige um forte elenco e presta uma atenção exaustiva ao caráter - às relações entre maridos e esposas ou entre amantes e amigos, mesmo nos momentos mais difíceis. O resultado é uma sequência perfeitamente aceitável que deve satisfazer os fãs do tipo Duro de Matar da série, enquanto também agrada aos recém-chegados. Entretanto, não há nada aqui que chegue nem perto de nos surpreender ou até chocar da maneira que fez o filme original quando John Hurt começou a ter aquelas fortes dores de estômago. James Drury 3.5

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